Acho que é naquela avenida. Mas quem disse que parei de andar. Olhava cada coisa em volta, como se estivesse perto. Então andei mais rápido, depois mais lento e pela primeira vez percebi que estava perdida. Esse fato não me era comum. Olhei confusa, sem crer que a estrada continuava, não era porque a esquina estava próxima, mas porque não me parecia familiar. Fugi daquele desespero por um instante para que me amenizasse a dor da solidão daquela estrada brutal.
Passei a experimentar outras estradas, sem saber, parecia fácil, mas não era. Lembrei da família, essa não me despertava medo. O campo visual da minha rotina sim é um grande vazio. Pois ando todas as manhãs pela mesma avenida e não tinha percebido que há 7 anos passeava pela mesma reta. E para minha surpresa, alguém me pergunta o que eu fazia todos os dias naquela avenida, eu respondi que estava a trabalho. Este era meu patrão, que lhe dava um bom dia, servia seu café e não me conhecia.
Neste dia ela cometeu a descortesia e me despediu, pois havia chegado atrasada. Mas como? Eu era pontual! Como posso entender isso? Depois de 7 anos ter perdido o caminho do trabalho. Por que demorei para encontrar o caminho? Só sei que não faço a mínina idéia.
Gesca
Oi, Gesca!
ResponderExcluirGradativamente, vocês estão melhorando. Pois o talento está mais próximo. Parabéns!
Leda